domingo, 25 de janeiro de 2015

São Luís Maria de Montfort: conhecer e amar Nossa Senhora para conhecer e amar Jesus

Nascido em 31 de janeiro de 1673, na cidade de Montfort, na Bretanha Francesa, Luís Maria Grignion, era filho de João Batista Grignion de Bachelleraie e de Joana Visuelle de Chesnais.

Ele foi batizado logo após o seu nascimento e teve o nome de Luís. Ao receber o sacramento do Crisma acrescentou Maria. Passado algum tempo abandonou o nome da família e passou a se chamar Luís Maria Montfort.

Luís era o filho mais velho de uma família de 17 irmãos, dos quais um se tornou padre, um dominicano, uma irmã beneditina e outra sacramentina.

Aos 11 anos entrou para estudar num colégio jesuíta de Rennes, onde recebeu formação humana e espiritual. Nesse mesmo local cursou filosofia em 1692.

Nesse mesmo período, sentiu O chamado ao sacerdócio, e em 1693 vai à Paris com o intuito de entrar no seminário de São Sulpício e estudar teologia na Universidade de Sorbonne.

Em 5 de junho de 1700 foi ordenado sacerdote. A partir desse dia decidiu que seria padre para se dedicar na evangelização dos povos estrangeiros, socorrer os pobres e proclamar o reino de Jesus Cristo através de Maria.

Seis anos depois, no mês de julho, Luís foi a pé até Roma para ser recebido pelo Papa Clemente XI e confirmar sua vocação missionária. Ele recebeu o título de Missionário Apostólico e lhe foi confiado para que fosse missionário na França e renovar o espírito do cristianismo ao povo.

Luís Maria se tornou um grande missionário e sua identidade sempre foi a devoção pela Virgem Maria.

Fundou a Congregação dos Missionários Monfortinos, das Filhas da Sabedoria e dos Irmãos de São Gabriel. Além disso, escreveu vários livros, dentre eles o que mais se destaca é o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”. Nele, São Luís apresenta seu método de consagração a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria, que foi a consagração do Beato João Paulo II e de tantos outros santos e santas.

São Luís Maria de Montfort morreu em 28 de abril de 1716 aos 43 anos, depois de ter realizado mais de 100 missões. Em 20 de julho de 1947, foi canonizado pelo Papa Pio XII em Roma.

Com tudo isso, concluímos que São Luís Maria de Montfort foi um missionário itinerante e zeloso na evangelização dos pobres. Tinha sempre nas mãos a Bíblia, o crucifixo e o rosário, que resumem sua experiência espiritual e a sua mensagem que é conhecer e amar a Virgem Maria para conhecer e amar o Cristo.

Foi ele quem escreveu o Tratado da Verdadeira
Devoção!

“São Luís Maria de Montfort, rogai por nós!”

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

São Cristóvão: padroeiro dos motoristas e viajantes

São Cristóvão - Foto: Internet

Ofero Relicto, seu nome de batismo, nasceu no século III na Palestina. Era filho primogênito do rei de Canaã e recebeu esse nome pelas virtudes e principalmente pela delicadeza com que tratava as pessoas.

Ele era muito bonito, porém tinha a ambição de servir um rei que fosse muito poderoso. Com isso, começou a trabalhar para o imperador como um guerreiro famoso e temido. Tempos depois, passou a obedecer a Satã.

Anos depois, Ofero percebeu que acima do poder de satanás estava a Cruz. Curioso em descobrir o poder do Crucificado, começou a viajar em busca da história de Jesus e, em uma de suas viagens, encontrou um eremita que lhe contou toda história.

Admirado com tudo o que o eremita havia contado, Ofero converteu-se, batizou-se e passou a estudar sobre Cristo, conforme foi lhe indicado, além de se dedicar a oração, meditação e penitências.

Porém, ele dizia ao eremita que não tinha jeito para meditar e nem rezar, e lhe foi aconselhado de que deveria praticar obras de caridade, pois com isso agradaria o coração de Deus.

Ofero gostou da ideia e, como era forte e robusto, decidiu construiu uma choupana na beira do rio e, passou a ajudar as pessoas a atravessarem o rio caudaloso que não tinha ponte, ou seja, ele se oferecia para carregar todos de um lado para o outro gratuitamente.

Certo dia, um menino pediu a Ofero que o levasse até a outra margem. Imediatamente, ele colocou a criança nos ombros, entrou na água e percebeu que o peso aumentava a cada passo.

Ao chegar do outro lado do rio, quase morrendo afogado pelo peso, o menino disse a Ofero: “Não te surpreendas com o que aconteceu, pois comigo carregaste todos os pecados do mundo.”

Com isso, reconheceu que o pequeno viajante era o próprio Jesus, que também o mandou cravar na terra o cajado no qual se apoiava.

No dia seguinte, o cajado tinha se transformado em uma palmeira. O milagre fez com que muitos se convertessem e isso levou Ofero Relicto a trocar seu nome para Chistophoros (Cristóvão), que em grego significa “aquele que carrega Cristo”.

Diz a tradição que Cristóvão se fez apóstolo da região de Lícia e que foi martirizado pelo imperador Décio, por volta de 250.

São Cristóvão, logo após sua morte, passou a ser invocado pelos condutores de veículos e pelos viajantes. Sua festa é comemorada no dia 25 de julho.


“São Cristóvão, rogai por nós!”

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Divisão entre os cristãos: fere a Igreja e a Cristo

Em uma de suas catequeses realizadas na Praça São Pedro, o Papa Francisco falou a todos os fiéis presentes sobre a atitude de muitos católicos diante da divisão na Igreja, que é uma ação de indiferença que provocou no decorrer da história conflitos, sofrimentos e até guerras.

Segundo o Papa, a divisão entre os cristãos ferem tanto a Igreja, quanto a Cristo, pois a Igreja é o corpo e Cristo é a cabeça.

Infelizmente essa unidade entre as pessoas já é ameaçada desde o tempo que Jesus estava na terra. Isso ocasionou muitas separações das mais variadas razões como dogmáticas, morais, pastorais e políticas por conta da soberba e do egoísmo presentes nos corações dos fiéis.

O egoísmo na verdade torna todos incapazes de ouvir e aceitar quem tem uma visão ou posição diferente.

Mediante a isso, o que cada um de nós como membros da Igreja devemos fazer?


Francisco afirmou que todos devemos orar, pedindo a Jesus que coloque a unidade em todos os corações e que, além disso, entendamos a diferença de pensar e agir de cada um, ou seja, que pensemos mais naquilo que nos une e não naquilo que nos divide.

sábado, 10 de janeiro de 2015

História de São Josemaría Escrivá

São Josemaría Escrivá nasceu em 1902 na cidade de Barbastro, na Espanha. Junto de seus seis irmãos, aprendeu com seus pais e na escola os fundamentos da fé e, desde pequeno viveu frequentemente os costumes cristãos como a confissão, comunhão e o santo terço.

A morte das três irmãs pequenas e os problemas financeiros da família o fizeram experimentar muito cedo o sofrimento e a dor.

Com os diversos problemas, em 1915 a família se mudou para a cidade de Logronho, onde seu pai conseguiu um novo trabalho. 

Em 1918, Josemaría sentiu que Deus queria algo dele, porém não conseguia identificar o que era. Com isso, decidiu-se entregar completamente a Jesus e se tornou sacerdote, pois deste modo acreditava que estaria disponível para cumprir a vontade divina.

Em 1920 começou os seus estudos em Logronho, prosseguiu-os no seminário diocesano de Saragoça, além disso, cursou Direito.

No ano de 1925 recebeu o sacramento da Ordem e começou a desenvolver o seu ministério pastoral. Mesmo sendo já um sacerdote, ele continuava a se questionar o que Deus ainda queria dele.

Já em 1927 mudou-se para Madri com o objetivo de obter o doutorado em Direito, onde também desenvolveu um intenso serviço sacerdotal, principalmente entre os pobres, doentes e as crianças. Ao mesmo tempo, sustentava-se e mantinha a sua família dando aulas de Direito, pois seu pai já havia falecido.

No dia 2 de outubro de 1928, durante um retiro espiritual, Deus lhe fez ver a missão à qual o havia confiado e nesse dia nasceu o Opus Dei.

Foto: Internet

A missão do Opus Dei é promover, entre homens e mulheres de todos os âmbitos da sociedade, um compromisso pessoal de seguir Jesus, de amor a Deus e ao próximo e, a procura da santidade na vida cotidiana.

Em 1930, movido pelo Espírito Santo, iniciou o trabalho apostólico do Opus Dei com afinco entre as mulheres. Josemaría priorizou o papel da mulher como cidadã e cristã, não sendo maior e nem menor que o homem.

Já no ano de 1943, durante a celebração da Santa Missa, Josemaría sentiu em seu coração o desejo de criar a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, ligado ao Opus Dei.

A Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz desenvolveu em plena sintonia com os pastores das igrejas locais, atividades de formação espiritual para sacerdotes diocesanos e candidatos ao sacerdócio.

Consciente de que havia entendido a missão que Deus havia lhe confiado, se mudou para Roma em 1946.

Em 1948 alguns casais que procuravam a santidade em seu casamento, começaram a participar do Opus Dei. E em 1950, a Santa Sé aprovou também que fossem admitidos como cooperadores e ajudassem nos trabalhos apostólicos homens e mulheres não católicos e não cristão, como ortodoxos, luteranos, judeus, muçulmanos, etc. 

Na década de 50, Josemaría Escrivá estimulou o início de vários projetos como escolas de formação profissional, centros de capacitação para camponeses, universidades, colégios, hospitais e ambulatórios médicos.

No dia 26 de junho de 1975, São Josemaría Escrivá faleceu em Roma. O santo deixou um legado de fiéis, que graças ao seu sim e todo o seu trabalho, se aproximaram da igreja e de Cristo.

Em 6 de outubro de 2002, mais de 400 mil pessoas assistiram na Praça de São Pedro a canonização de São Josemaría Escrivá.

Na ocasião, o Papa João Paulo II destacou que o novo santo compreendeu claramente que a missão dos batizados consiste em elevar a Cruz de Cristo sobre todas as realidades humanas, e sentiu surgir no seu interior o apaixonante chamado para evangelizar em todos os ambientes.

“São Josemaría Escrivá, rogai por nós!”

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

História de São Bartolomeu

Foto: Internet

São Bartolomeu foi um dos doze discípulos de Jesus Cristo.

Na bíblia ele não é citado de maneira especial, a não ser em uma passagem do Evangelho de João. Todavia, sabe-se através dos Evangelhos que Bartolomeu é o apóstolo Natanael, citado em outros trechos da bíblia.

Natanael significa “Deus deu". Este nome ganha sentido, pois Natanael veio de Caná da Galiléia. Nesse mesmo local ele presenciou o primeiro milagre de Jesus, nas famosas “Bodas de Caná”.

Como São João evangelista disse, o discípulo Filipe contou a Natanael (ou Bartolomeu) que tinha acabado de encontrar o Messias. E afirmou-lhe ainda que o salvador vinha de Nazaré.

Natanael por sua vez perguntou: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" (Jo 1, 46). Essa pergunta de São Bartolomeu mostra que o Messias, o Salvador, era esperado como um grande general, vindo de lugares importantes de Israel, e não de um vilarejo perdido na Galileia chamado Nazaré.

Quando Bartolomeu se encontrou com Jesus, recebeu dEle um elogio inesperado: “Aqui está um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento" (Jo  1, 47).

Bartolomeu ficou surpreso e respondeu: "De onde me conheces?". Jesus revelou: "Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas sob a figueira".

Depois desse momento, Bartolomeu decide seguir o Mestre e faz a sua profissão de fé em Jesus: "Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel".

Bartolomeu seguiu Jesus durante os três anos de vida pública do Mestre em Israel. Ele presenciou os ensinamentos, as ações, os milagres, a morte e a ressurreição de Cristo e conheceu Nossa Senhora pessoalmente. Além disso, esteve em Pentecostes, no nascimento da Igreja, quando o Espírito Santo veio sobre todos e se tornaram missionários corajosos da Boa Nova pelo mundo.

Cheio do Espírito de Deus, depois de ter sido discípulo de Jesus, Bartolomeu passou a ser Apóstolo. Ele foi enviado em nome de Jesus e fez maravilhas pelo Reino de Deus em terras distantes.

A saída de Bartolomeu em missão rendeu muitas conversões a Jesus Cristo, e com isso, várias comunidades cristãs foram criadas.

São Bartolomeu foi martirizado com esfolamento de toda sua pele na cidade de Albanópilis. Ele foi morto por ordem do governador local, que não aceitou a pregação do cristianismo em suas terras.

Essa tradição é tão forte que São Bartolomeu foi pintado na Capela Sistina segurando a pele de seu corpo em sua mão esquerda e na mão direita uma adaga, tipo de uma espada afiada, instrumento do martírio que ele sofreu.

Séculos depois, as relíquias desse santo foram transportadas para Roma e estão hoje na igreja dedicada a ele.

Sua festa é celebrada no dia 24 de agosto, provável dia de sua morte.


“São Bartolomeu, rogai por nós!”