Nascida
em 1174, no período Medieval, Santa Edwiges foi uma mulher que marcou o seu
tempo devido renunciar toda a nobreza para seguir a Deus e ajudar os mais
necessitados.
Edwiges,
com seis anos, entrou em um mosteiro para ser educada entre religiosas. Aos 12,
seu pai arrumou o Duque Henrique da Silésia para ser seu marido.
Henrique
mal sabia rezar, e Edwiges, educada no Catolicismo, teve a difícil missão de ensina-lo
a ter fé e a seguir a Deus.
No
casamento teve seis filhos, Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e
Gertrudes. Para conseguir manter sua família dentro do que acreditava,
assistiam diariamente a missa juntos.
Edwiges
e Henrique mantinham a castidade nos dias santos e nas sextas-feiras em memória
a Paixão de Cristo. Após um tempo, diante do Bispo juraram não manter mais uma
vida matrimonial e, assim, viveram por mais 30 anos juntos na oração e no jejum
para glorificar a Deus.
Quando
os filhos já estavam adultos, houve uma rivalidade entre os irmãos Henrique e
Conrado. Na briga, Conrado sai em caçada e foi atacado por um animal feroz, com
isso, acabou falecendo. Passado alguns dias, Boleslau, o terceiro filho de
Edwiges, também morreu.
No
decorrer de sua vida, Edwiges visitou muitas famílias que viviam em condições
de miséria e sempre buscava socorro para cada uma delas. Além disso, se
preocupava com a situação das mulheres que perdiam os seus maridos nas guerras,
e, com isso, decidiu construir nos vilarejos conventos para abrigar as viúvas e
os órfãos.
Edwiges
via em cada pobre a imagem do próprio Cristo e distribuía seus bens em abundância
para o pagamento de seus pecados.
Apesar
de toda sua riqueza e posição social, Edwiges sempre se vestia com humildade.
Seu marido sempre viu nela um exemplo a ser seguido por sua generosidade e por passar
muito tempo servindo aos franciscanos com amor.
Em
1227, ocorreram diversas guerras, e em uma delas Henrique, seu marido, acabou falecendo.
Passado um tempo, seu filho Henrique partiu para defender o reino e também
faleceu.
Em
meio a tanta dor, Edwiges se manteve forte e, sofrendo em silêncio ensinava a
todos a respeitarem a vontade de Deus.
Com
a perda, ela decidiu ir para o convento de Trébnitz e ali viveu em jejum e
oração até sua morte.
Edwiges
considerava-se uma pecadora e as monjas como santa. Em respeito, tomava a água
em que as monjas lavavam os pés, mostrando simplicidade e respeito para com os
religiosos.
Ela
jejuava quase todos os dias e durante 40 anos não comeu carne. Além disso,
sempre andava descalça e permanecia de joelhos na igreja, principalmente na
Santa Missa em que usava um véu para esconder as lágrimas devido a emoção de
participar do Santo Ofício.
No
dia 15 de novembro de 1243, aos 69 anos, Santa Edwiges faleceu. Seu corpo
estava dilacerado devido as penitências, e, as irmãs ao lavarem o corpo ficaram
horrorizadas ao verem um cilício duro na cintura e uma grossa corda de crina
toda retorcida.
Devido
a esses sacrifícios, o corpo de Santa Edwiges estava pálido e quase azulado por
conta das flagelações. Logo, aos olhos das irmãs, o corpo começou a tomar um
tom rosado e a brilhar como uma luz celeste, além de emanar um perfume dos lábios
da Santa.
Os
milagres realizados através de Santa Edwiges começaram a aparecer. Dentre
muitos casos, há a história do filho do soldado Vitoslau Boresh que tinha sete
anos de idade e adoeceu gravemente. Na esperança de ver o filho respirar, o
soldado que serviu à Santa Edwiges pediu: “Minha senhora eu a servi durante a
sua vida e lhe peço sua intercessão para que meu filho não morra”.
Assim
que terminou a prece, o menino voltou a falar e desapareceram os sinais de
morte. O fato foi narrado no processo de beatificação da Santa e atestado por
testemunhas.
No
dia 15 de outubro de 1267, Edwiges foi canonizada. Mais tarde também foi
canonizada Santa Teresa D’Avila, justamente no dia 15 de outubro de 1515 e, com
isso, a festa de Santa Edwiges foi transferida para o dia 16 de outubro.
Até
hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem
igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa.
“Santa
Edwiges, rogai por nós!”
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