Em uma de suas
homílias na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco fez uma reflexão baseada no
trecho da leitura da carta aos Gálatas, que diz: “Quando se completou o tempo
previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à
Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos
a filiação adotiva (cf. Gl 4. 4-5)”.
Neste sentido,
Francisco afirmou que o significado do “tempo” é ser mensageiro de Deus, tocado
por Cristo, o Filho de Maria. Então, o “tempo tornou-se salvífico, definitivo
da salvação e da graça”.
O Papa também disse
que a Igreja propõe à conclusão de cada ano e de todos os dias um exame de
consciência para agradecer ao Senhor pelo que se recebeu e repensar as faltas.
“Agradecer e pedir perdão: é o que fazemos hoje ao final de um ano. Louvamos e
pedimos perdão”.
Segundo Francisco, o
motivo fundamental de dar graças a Deus é este: “Ele nos fez seus filhos”. “Mas
nós já não somos todos filhos de Deus? Certamente, porque Deus é Pai. Mas, sem
esquecer que fomos afastados de sua filiação pelo pecado. Nossa relação filial
é profundamente ferida. Mas em Jesus fomos livres. Ele morreu na cruz para nos
dar a remissão do pecado e resgatar a condição de filhos”.
Agradecer, disse o
Papa, é também o motivo do exame de consciência. “De nos perguntar: como é
nosso modo de viver? Vivemos como filhos ou como escravos? Ou vivemos como a
lógica mundana, corrupta, fazendo o que o diabo nos faz acreditar?”,
questionou.
Francisco afirmou
ainda que o homem é inclinado a resistir a essa libertação que Jesus trouxe.
“Temos medo da liberdade”, destacou. A liberdade, segundo disse, assusta o
homem, ao contrário da escravidão o impede de viver plenamente o presente
porque esvazia o passado e o faz acreditar que não se pode sonhar, voar e
esperar.
Fonte:
papa.cancaonova.com
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