quarta-feira, 16 de março de 2016

O sacramento do matrimônio é um grande ato de fé e de amor

O querido Papa Francisco disse belas palavras sobre o casamento na Praça São Pedro, confira na íntegra:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A beleza do matrimônio cristão não é simplesmente uma cerimônia que se faz na igreja, com flores, roupas, fotos…O matrimônio cristão é um sacramento que se realiza na Igreja e que também faz a Igreja, dando início a uma nova comunidade familiar.

É aquilo que o apóstolo Paulo resume na sua célebre expressão: “Este mistério é grande, quero dizer com referência a Cristo e à Igreja” (Ef 5, 32). Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo afirma que o amor entre os cônjuges é imagem do amor entre Cristo e a Igreja. Uma dignidade impensável! Mas na realidade, está inscrita no desígnio criador de Deus e com a graça de Cristo inumeráveis casais cristãos, mesmo com seus limites, seus pecados, realizaram-na!

São Paulo, falando da nova vida em Cristo, diz que os cristãos – todos – são chamados a se amar como Cristo os amou, isso é, “sujeitando-se uns aos outros” (Ef 5, 21), que significa a serviço uns dos outros. E aqui introduz a analogia entre o casal marido-mulher e aquela Cristo-Igreja. É claro que se trata de uma analogia imperfeita, mas devemos colher o sentido espiritual que é altíssimo e revolucionário, e ao mesmo tempo simples, ao alcance de cada homem e mulher que se confiam à graça de Deus.

O marido – diz Paulo – deve amar a esposa “como ao próprio corpo” (Ef 5, 28); amá-la como Cristo “amou a Igreja e se entregou por ela” (v. 25). Mas vocês maridos que estão aqui presentes entendem isso? Amar as suas esposas como Cristo ama a Igreja? Isso não é brincadeira, mas coisa séria! O efeito deste radicalismo da dedicação pedida ao homem, para o amor e a dignidade da mulher, a exemplo de Cristo, deve ter sido enorme, na própria comunidade cristã.

Esta semente da novidade evangélica, que restabelece a originária reciprocidade da dedicação e do respeito, amadureceu lentamente na história, mas no final prevaleceu.

O sacramento do matrimônio é um grande ato de fé e de amor: testemunha a coragem de acreditar na beleza do ato criador de Deus e de viver aquele amor que leva a ir sempre além, além de si mesmo e também além da própria família. A vocação cristã a amar sem reservas e sem medida é o que, com a graça de Cristo, está na base do livre consentimento que constitui o matrimônio.

A própria Igreja está plenamente envolvida na história de cada matrimônio cristão: edifica-se em seus sucessos e sofre em seus fracassos. Mas devemos nos perguntar com seriedade: aceitamos até o fundo, nós mesmos, como crentes e como pastores, também essa ligação indissolúvel da história de Cristo e da Igreja com a história do matrimônio e da família humana? Estamos dispostos a assumir seriamente esta responsabilidade, isso é, que todo matrimônio vai no caminho do amor que Cristo tem com a Igreja? É grande isto!

Nesta profundidade do mistério da criação, reconhecido e restabelecido na sua pureza, abre-se um segundo grande horizonte que caracteriza o sacramento do matrimônio. A decisão de “casar-se no Senhor” contém também uma dimensão missionária, que significa ter no coração a disponibilidade de fazer-se meio da benção de Deus e da graça do Senhor para todos. De fato, os esposos cristãos participam, como esposos, da missão da Igreja. É preciso coragem para isto! Por isso quando eu saúdo os recém-casados, digo: ‘Eis os corajosos’!, porque é preciso coragem para amar-se assim como Cristo ama a Igreja.

A celebração do sacramento não pode deixar de fora essa co-responsabilidade da vida familiar no confronto da grande missão de amor da Igreja. E assim a vida da Igreja se enriquece toda vez com a beleza desta aliança conjugal, bem como se empobrece toda vez que esta é deteriorada. A Igreja, para oferecer a todos os dons da fé, do amor e da esperança, precisa também da corajosa fidelidade dos esposos para a graça do seu sacramento! O povo de Deus precisa do seu cotidiano caminho na fé, no amor e na esperança, com todas as alegrias e cansaços que este caminho comporta em um matrimônio e em uma família.


A rota é, assim, marcada para sempre, é a rota do amor: se ama como Deus ama, para sempre. Cristo não cessa de cuidar da Igreja: a ama sempre, a protege sempre, como a si mesmo. Cristo não cessa de tirar da face humana as manchas e as rugas de todo tipo. É comovente e tão bonita esta irradiação da força e da ternura de Deus que se transmite de casal a casal, de família a família. São Paulo tem razão: este é propriamente um “mistério grande”! Homens e mulheres, corajosos o suficiente para levar este tesouro nos ‘vasos de argila’ da nossa humanidade, são – estes homens e estas mulheres corajosos – são um recurso essencial para a Igreja, também para todo o mundo! Deus os abençoe mil vez por isso!


Fonte: RCC Brasil

segunda-feira, 14 de março de 2016

Saudação a Deus Altíssimo

“Eterno Deus onipotente, justo e misericordioso, concede-nos a 
nós míseros, praticar por tua causa o que reconhecermos ser a 
tua vontade e querer sempre o que te agrada, a fim de que, 
interiormente purificados, iluminados e abrasados pelo fogo do 
Espírito Santo, possamos seguir as pegadas de teu Filho nosso 
Senhor Jesus Cristo e, por tua graça unicamente, chegar a ti, ó 
Altíssimo, que em Trindade perfeita e Unidade simples, vives e 
reinas na glória com o Deus Onipotente por toda a eternidade. Amém.”

Foto: Google
Fonte: www.padrereginaldomanzotti.org.br

quinta-feira, 10 de março de 2016

“Deus nos ama com amor gratuito e sem limites”, afirma Papa Francisco

O Santo Padre Papa Francisco disse essas palavras na hora do “Angelus”, leiam na íntegra.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho nos oferece as palavras pronunciadas por Jesus a Nicodemos: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único” (Jo 3, 16). Ao ouvir esta palavra, dirigimos o olhar do nosso coração a Jesus Crucificado e sentimos dentro de nós que Deus nos ama, nos ama de verdade, e nos ama muito! Esta é a expressão mais simples que resume todo o Evangelho, toda a fé, toda a teologia: Deus nos ama com amor gratuito, e sem limites. É assim que Deus nos ama.

Deus demonstrou este amor, sobretudo, na criação, como proclama a liturgia, na Oração Eucarística IV: “fizestes todas as coisas para cobrir de bênçãos as vossas criaturas e a muitos alegrar com a vossa luz”. Na origem do mundo está apenas o amor livre e gratuito do Pai. Santo Irineu, um santo dos primeiros séculos, escreveu: "Deus não criou Adão porque precisava do homem, mas para ter alguém para cumular com os seus benefícios" (Adversus haereses, IV, 14, 1). Assim é o amor de Deus.

Assim prossegue a Oração Eucarística IV: “E quando pela desobediência perderam a vossa amizade, não os abandonastes ao poder da morte, mas a todos socorrestes com bondade, para que, ao procurar-vos, vos pudessem encontrar”. Ele veio com a sua misericórdia. Como na criação, também nas etapas sucessivas da história da salvação ressalta a gratuidade do amor de Deus: o Senhor escolhe seu povo não porque este mereça, e diz-lhe assim: Eu o escolhi, precisamente porque é o menor entre todos os povos. E quando chegada ‘a plenitude dos tempos’, apesar dos homens não terem cumprido mais uma vez a aliança, Deus, em vez de abandoná-los, estreitou com eles um novo vínculo, com o sangue de Jesus, o vínculo da nova e eterna aliança, um vínculo que nada poderá romper nunca.

São Paulo nos lembra: “Mas Deus, que é rico em misericórdia – não se esqueça nunca, é rico em misericórdia- impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo” (Ef 2,4). A Cruz de Cristo é a prova suprema do amor de Deus por nós: Jesus nos amou "até o extremo" (Jo 13,1), isto é, não só até o último momento de sua vida terrena, mas até o limite extremo do amor. Se na criação o Pai nos deu a prova de seu imenso amor dando-nos a vida, na Paixão de seu Filho nos deu a prova das provas: Ele veio para sofrer e morrer por nós. E fez isso por amor. Quão grande é a misericórdia de Deus, porque nos ama, nos perdoa com sua misericórdia, Deus perdoa tudo e Deus perdoa sempre. 

Maria, Mãe de misericórdia, coloca em nosso coração a certeza de que somos amados por Deus. Esteja perto de nós nos momentos de dificuldade e dai-nos os sentimentos de seu Filho, para que o nosso caminho quaresmal seja experiência de perdão, aceitação e caridade.

Fonte: RCC Brasil / Foto: Google

segunda-feira, 7 de março de 2016

Mãe de Misericórdia

Rogai por nós Santa Mãe de Misericórdia, oremos!

Roga por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Roga por todas as famílias, santa Mãe de Jesus Cristo, para que comecem em sua casa a verdadeira fraternidade cristã! Roga pelos filhos e pelos pais, santa Mãe da Igreja, para que imitem os teus exemplos em Nazaré! Roga pelas mães abandonadas, pelas mães sofridas, roga pelos filhos sem família, pelos órfãos sem amor! Roga pelos pais meeiros, explorados, doentes, desempregados, roga pelos sem teto, sem pão, sem instrução, sem defesa! Roga pelas crianças que não podem nascer, roga pelos pais que não podem criar seus filhos com decência! São tantas as ameaças contra a família... Mostra que és Nossa Mãe: pede a Jesus por todos nós! Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!
Amém.

Foto: Internet     

Fonte: www.padrereginaldomanzotti.org.br

sábado, 5 de março de 2016

O chicote do Senhor é a misericórdia

"O Senhor sente-se verdadeiramente em casa na minha vida? Permito-lhe fazer uma "limpeza" no meu coração e expulsar os ídolos, ou seja, aquelas atitudes de ganância, ciúme, mundanidade, inveja, ódio, aquelas atitudes de bisbilhotice?".

Foto: Google

Questão crucial que Papa Bergoglio lançou deste diante dos numerosos fiéis reunidos na Praça de São Pedro para o Angelus. Questão inspirada no Evangelho, onde Jesus – refere João- “fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas”.

Cristo vem, portanto, fazer uma "limpeza" no templo. Nesta passagem, explica o Papa, temos "o primeiro anúncio da morte e ressurreição de Cristo: seu corpo, destruído na cruz pela violência do pecado, se transformará na Ressurreição no lugar de encontro universal entre Deus e os homens".

Mas "o verdadeiro templo" mencionou o Messias é sua "humanidade", disse o Pontífice, o lugar "onde Deus se revela, fala, se faz encontra". Por isso, acrescenta, "os verdadeiros adoradores de Deus não são os guardiões do templo material, os detentores do poder e do saber religioso", mas aqueles que adoram a Deus “em espírito e em verdade".

E todos os cristãos, neste tempo quaresmal de preparação para a Páscoa, são chamados a adorar a Deus "em espírito e em verdade". "Caminhamos no mundo como Jesus e fazemos de toda a nossa existência um sinal do seu amor pelos nossos irmãos, especialmente os mais fracos e os mais pobres", exorta o Santo Padre.

Desta forma, "construiremos um templo para Deus nas nossas vidas" e tornaremos Cristo "acessível" para muitas pessoas que encontramos no nosso caminho. "Se nós somos testemunhas de Cristo vivo, muitas pessoas encontrarão Jesus em nós, em nosso testemunho", reafirma o Papa.

Antes de levá-lo aos outros, é bom “organizar” um pouco por dentro. Ou seja, perguntar-se realmente se permitimos que Jesus faça essa “limpeza” de todo o comportamento contra Deus, contra os outros e contra nós mesmos. "Cada um, responda para si, em silêncio, em seu coração", disse Francisco.

E insiste: "Eu permito que Jesus faça um pouco de 'limpeza' no meu coração? Oh padre, eu tenho medo de que me ‘batam’... “. Mas “Jesus nunca bate ... Jesus vai limpar com ternura, com misericórdia, com amor. A misericórdia é a sua maneira de limpar".

Agora, sem nenhum medo – encoraja o Santo Padre - "deixemos que o Senhor entre com a sua misericórdia - não com o chicote! Com a sua misericórdia para limpar os nossos corações. O chicote de Jesus para conosco é a sua misericórdia. Vamos abrir a porta para que Ele faça uma "limpeza".

"Jesus sabe o que está em cada um de nós, e conhece bem o nosso maior desejo: ser habitados por Ele". E cada “Eucaristia que celebramos com fé nos faz crescer como templo vivo do Senhor, graças à comunhão com o seu Corpo, crucificado e ressuscitado", disse o pontífice.

O convite é para deixar Cristo entrar "em nossas vidas, em nossas famílias, em nossos corações". Ao lado de Maria "morada privilegiada do Filho de Deus": a Virgem – reza o Papa - "nos acompanhe e sustente no itinerário quaresmal, para que possamos redescobrir a beleza do encontro com Cristo, que nos liberta e nos salva".