Apresentamos as
palavras pronunciadas pelo Santo Padre Papa Francisco, antes de rezar a oração
mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
Queridos irmãos e irmãs, bom
dia!
O Evangelho apresenta o relato da instituição
da Eucaristia, realizada por Jesus durante a Última Ceia, no Cenáculo em
Jerusalém. Na véspera de sua morte redentora na cruz, Ele realizou o que tinha
predito: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá
eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é minha carne para a salvação do
mundo... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu
nele"(Jo 6,51-56). Jesus toma o pão em suas mãos e diz: "Tomai, isto
é o meu corpo" (Mc 14,22). Com este gesto e com estas palavras, Ele
atribui ao pão uma função que não a de simples alimento físico, mas torna a sua
Pessoa presente em meio à comunidade dos fiéis.
A Última Ceia representa o cume da vida de
Cristo. Não apenas a antecipação do seu sacrifício, que será realizado na cruz,
mas também a síntese de uma existência ofertada pela salvação de toda a
humanidade. Portanto, não basta afirmar que Jesus está na Eucaristia, devemos
perceber nela a presença de uma vida doada, e participar dela. Quando pegamos e
comemos aquele Pão, nós nos associamos à vida de Jesus, entramos em comunhão
com Ele, nos comprometemos em realizar a comunhão entre nós, a transformar a
nossa vida em dom, especialmente aos mais pobres.
Esta mensagem de solidariedade nos encoraja a
acolher o convite à conversão e ao serviço, ao amor e ao perdão. Encoraja-nos a
imitarmos, com a vida, aquilo que celebramos na liturgia. Cristo, que nos nutre
com as espécies consagradas do pão e do vinho, é o mesmo que vem ao nosso
encontro todos os dias; Ele está no pobre que estende a mão, está no sofredor
que implora ajuda, está no irmão que pede a nossa disponibilidade e espera o
nosso acolhimento; está na criança que ainda não sabe nada sobre Jesus, da
salvação, que não tem fé. Está em todo ser humano, inclusive no menor e
indefeso.
Foto: Google |
A Eucaristia, fonte de amor para a vida da
Igreja, é escola de caridade e de solidariedade. Quem se alimenta do Pão de
Cristo não pode ficar indiferente perante aqueles que não têm o pão de cada dia.
Fonte: Zenit / RCC Brasil
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