sábado, 28 de maio de 2016

“Devemos pensar em Deus como a carícia que nos mantém vivos”, disse Papa Francisco

O Papa Francisco em suas audiências na Praça de São Pedro refletiu sobre os aspectos do trabalho na vida familiar.
           
O Santo Padre, embora reconhecendo que nas famílias às vezes há uma lamentação sincera por não ter tempo para rezar, convidou não só a rezar, mas a cultivar no coração um amor "quente" por Deus, um amor afetuoso, e a questionar se pensamos em Deus apenas como alguém que controla nossas atitudes.

O espírito de oração - disse o Pontífice - se baseia no grande mandamento: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda tua alma e com todas as tuas forças". A oração é alimentada pelo afeto por Deus.

E acrescentou que precisamos sentir Deus "como a carícia que nos mantém vivos e antes, carícia da qual nada, nem mesmo a morte pode nos separar".

É limitado pensar em Deus apenas como “um grande Ser todo-poderoso, num Juiz que tudo vê e controla nossas atitudes”. Isso é verdade - disse ele-  mas apenas quando há afeto é compreendido".  “Ele pensa em nós e, sobretudo, nos ama! Não é impressionante?”.

Francisco reiterou a necessidade do afeto por Deus que “acende o fogo do espírito da oração”, senão, apenas multiplicamos as nossas palavras, “como fazem os pagãos”.

O Pontífice destacou que um coração possuído pelo afeto por Deus transforma em oração mesmo um pensamento sem palavras, ou uma invocação diante de uma imagem sagrada, ou um beijo enviado para uma igreja. “É bonito quando as mães ensinam aos seus filhos pequeninos a mandar um beijo a Jesus ou à Virgem Maria” – disse o Papa -.

Ele explicou que o Espírito Santo nos ensina a dizer "Abba”- “Pai", como dizia Jesus, um modo de rezar que nunca poderíamos encontrar sozinhos. Um dom - disse ele – que se aprende a pedir na família, com a mesma naturalidade com que se diz pai ou a mãe.

Embora reconhecendo que as famílias têm pouco tempo, o Papa sublinhou que o espírito de oração devolve o tempo a Deus, para encontrar a paz das coisas necessárias, e descobrir a alegria dos dons inesperados.

Fonte: RCC Brasil

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