“Sofre
as demoras de Deus; dedica-te a Deus,” exorta o livro do Eclesiásticos
Há momentos em que
somos tentados a desistir de tudo. O trabalho não está bem, o casamento vai
de mal a pior ou o namoro parece que acabou. Sofremos perseguições, calúnias,
somos maltratados. Nosso grande esforço para fazer valer algo, passa
despercebido, sem a consideração de ninguém.
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Foto: Internet |
As lindas promessas
de Deus, aquele plano de amor maravilhoso sobre o qual, um dia, ouvimos dizer e
que era para nossa felicidade, não se faz presente nem em fragmentos. Não
conseguimos vislumbrar nem mesmo a sombra de dias melhores que virão. Quantas
pessoas assim desistem até de viver?
Talvez você até já
tenha resolvido: “Vou abandonar tudo!”; mas uma voz, aquela mesma, suave,
porém, clara, que um dia encheu seu coração de alegria por meio das promessas e
da esperança de que tudo seria diferente, continua ressoando sutil, e digamos,
agora até incomoda, dizendo: “Não desista”.
Essa é a hora de ser
forte! A perseverança é necessária para que seus sonhos se construam.
Perseverar forja em nós os moldes para nos habilitar e correspondermos ao plano
que Deus quer nos abençoar. “Sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus,
espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça”
(Eclo 2,3).
Diante da caminhada,
devemos nos perguntar: “Será que já estamos configurados, compatíveis com o que
Deus tem para nós?”.
Se o bem ainda não
chegou, será necessário caminhar mais um pouquinho.
Um dos homens mais talentosos que a
humanidade conheceu disse uma vez: “O gênio se compõe de 2% de talento e 98% de
perseverantes aplicações ao trabalho” (Ludwing van Beethoven – compositor
alemão).
O Senhor conta
conosco para dar pleno cumprimento de Suas obras e nesse processo também nós
vamos sendo lapidados. Talvez, por isso, algumas coisas sejam tão demoradas. “A
criação tem sua bondade e sua perfeição próprias, mas não saiu completamente
acabada das mãos do Criador. Ela é criada ‘em estado de caminhada’ para uma
perfeição última a ser atingida, para a qual Deus a destinou” (cf. Catecismo da
Igreja Católica – art. nº. 302) e “Deus concede assim aos homens serem causas
inteligentes e livres para completar sua obra da Criação, aperfeiçoar sua
harmonia para o bem deles e de seus próximos” (cf. Catecismo da Igreja Católica
– art. nº. 307).
Fonte: Canção Nova