sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Aprenda a sofrer as demoras de Deus

“Sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus,” exorta o livro do Eclesiásticos

Há momentos em que somos tentados a desistir de tudo. O trabalho não está bem, o casamento vai de mal a pior ou o namoro parece que acabou. Sofremos perseguições, calúnias, somos maltratados. Nosso grande esforço para fazer valer algo, passa despercebido, sem a consideração de ninguém.

Foto: Internet
As lindas promessas de Deus, aquele plano de amor maravilhoso sobre o qual, um dia, ouvimos dizer e que era para nossa felicidade, não se faz presente nem em fragmentos. Não conseguimos vislumbrar nem mesmo a sombra de dias melhores que virão. Quantas pessoas assim desistem até de viver?

Talvez você até já tenha resolvido: “Vou abandonar tudo!”; mas uma voz, aquela mesma, suave, porém, clara, que um dia encheu seu coração de alegria por meio das promessas e da esperança de que tudo seria diferente, continua ressoando sutil, e digamos, agora até incomoda, dizendo: “Não desista”.

Essa é a hora de ser forte! A perseverança é necessária para que seus sonhos se construam. Perseverar forja em nós os moldes para nos habilitar e correspondermos ao plano que Deus quer nos abençoar. “Sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça” (Eclo 2,3).

Diante da caminhada, devemos nos perguntar: “Será que já estamos configurados, compatíveis com o que Deus tem para nós?”.

Se o bem ainda não chegou, será necessário caminhar mais um pouquinho.
Um dos homens mais talentosos que a humanidade conheceu disse uma vez: “O gênio se compõe de 2% de talento e 98% de perseverantes aplicações ao trabalho” (Ludwing van Beethoven – compositor alemão).

O Senhor conta conosco para dar pleno cumprimento de Suas obras e nesse processo também nós vamos sendo lapidados. Talvez, por isso, algumas coisas sejam tão demoradas. “A criação tem sua bondade e sua perfeição próprias, mas não saiu completamente acabada das mãos do Criador. Ela é criada ‘em estado de caminhada’ para uma perfeição última a ser atingida, para a qual Deus a destinou” (cf. Catecismo da Igreja Católica – art. nº. 302) e “Deus concede assim aos homens serem causas inteligentes e livres para completar sua obra da Criação, aperfeiçoar sua harmonia para o bem deles e de seus próximos” (cf. Catecismo da Igreja Católica – art. nº. 307).

Fonte: Canção Nova

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