Olá
pessoal, a paz de Jesus! O post de hoje é super especial, pois trás um
testemunho lindo de uma irmã do GOJ Emanuel.
“Me chamo Jéssica, tenho 23
anos e há quase dois anos Deus me resgatou e me trouxe para a verdadeira
felicidade que é poder ter a graça de ama-lo mais que tudo.
Meu testemunho começa com a
gravidez da minha mãe que sofreu inúmeras complicações, e por conta disso nasci
de sete meses, logo quando meus pais completavam um mês de casados. A partir
dai uma grande luta começou, pois nasci fraquinha e peguei uma infecção
urinária que me deixou por mais um mês no hospital.
Venho de uma família humilde
e por sete anos morei com meus avós paternos na área verde da Vila Gali, na
verdade meu avô era como se fosse um pai, pois o meu tinha 19 anos e só pensava
em jogar bola.
Mesmo com todas as
dificuldades e os problemas de saúde, tive uma infância ótima. Sempre fui uma
criança mimada, bagunceira e que aprontava muito. Cresci em berço católico e
toda família participada da missa aos domingos.
Fui uma criança muito atormentada,
que ouvia vozes e coisas que até hoje não sei definir. Em uma noite, minha tia
que morava perto de casa, chegou com minha prima toda ensanguentada com a notícia
de que tinham assassinado o tio que eu mais gostava, porém antes desse dia eu
já sabia por meio dessas vozes o que iria acontecer, e algo que me marca até
hoje é que iria voltar pra me buscar. Depois desse dia as vozes se foram e eu
já não via nem ouvia mais nada.
Na pré-escola minha
professora disse aos meus pais que a minha fala não era normal, e com isso me
encaminhou a uma fonoaudióloga. Após muitos exames, descobriram que eu tinha
fissura palatina, que é uma abertura direta entre o céu da boca e o nariz, isso
resulta em dificuldades de se alimentar, de respirar e falar, além de problemas
psicológicos.
Por conta disso, sempre fui
uma pessoa tímida com medo das pessoas e dificilmente falava para não ser
zoada, ou que ficassem pedindo para eu repetir algo que havia falado.
Aos nove anos de idade sofri
abuso sexual, sem penetração, por um tio que me dizia que se eu abrisse a bora
iria mandar matar meu pai, no qual odiava. Guardei isso comigo por um bom
tempo.
No período entre infância e
pré-adolescência passei por psicólogos e fiz várias amizades que me ajudaram a
ser uma pessoa mais confiante. Com isso, fui coroinha e catequista na
comunidade Nossa Senhora Rainha dos Anjos.
Já na adolescência, cursando
o ensino médio, não gostava de estudar e só pensava em bagunçar, mas mesmo
assim tinha o sonho de fazer faculdade apesar de a inteligência nunca ter sido
meu ponto forte. Além disso, morria de curiosidade em saber como era ter uma
relação sexual, mesmo sabendo que isso é errado antes do casamento.
Com essa grande curiosidade,
decidi que queria de fato saber como era ter uma relação sexual. Certo dia,conheci
um cara em uma viagem. Começamos a sair e até que um dia matei aula para me
encontrar com ele e acabei entregando minha virgindade a um cara que eu mal
conhecia. Meus pais descobriram a mentira e depois disso perdi a confiança
deles.
Logo após esse
acontecimento, comecei a namorar com um outro rapaz, mesmo meu pai não
aprovando. Esse namorou durou por quatro anos e meio e nesse período vivi
aquela fase de “tudo o que meu namorado fizer, vou fazer também”. Através dele,
e de duas amizades, conheci o álcool e as drogas. Me lembro de muitas vezes
chegar bem tarde em casa bêbada vomitando pela casa toda, e minha mãe sempre
estava lá me esperando e me acolhendo com ternura e amor, além de rezar por mim
em todos os momentos.
Aos 18 anos consegui meu
primeiro emprego. Terminei com o meu namorado e logo comecei a namorar outro...
mas, o ex havia pedido para voltar e eu comecei a namorar com os dois ao mesmo tempo...
olha que ponto eu cheguei...
Em relação a minha família, tinha
magoa do meu pai por ele ter um relacionamento de paternal de verdade com minha
irmã. Na verdade, tinha vergonha e medo do meu pai, pois não tinha a liberdade
de pedir nada, e por conta disso fiquei três anos sem falar com ele.
A relação com a minha irmã
também era péssima. Minha mãe foi quem mais sofreu com tudo isso, mas nunca
perdeu a fé de ver uma filha renovada, longe dessas porcarias que o mundo
oferece e que destroem os lares.
Depois de um certo tempo
arrumei um terceiro namorado, ficamos juntos por dois anos e acabamos noivando,
mas acabamos terminando o noivado passado um tempo.
Passado um tempo, decidi fazer
um curso na ETEC de Votorantim, lugar onde fiz novas amizades, amigos que me ensinaram
a ser gente de verdade. Parei de beber, deixei um passado sombrio para trás. O
que meu ajudou muito a superar todos os traumas e a me fortalecer
espiritualmente foi ter participado das reuniões da EJNS, que é um movimento da
igreja católica.
Posso dizer que me arrependo
do que fiz, aprendi que nunca devemos iludir as pessoas, pois causa danos
irreparáveis para a vida de todos os envolvidos.
“Filho de Davi”... essa música
marca toda a minha vida, quando a ouvi pela primeira vez num Retiro de Carnaval,
pedi com toda a fé que eu tinha que Jesus me transformasse, mudasse para sempre
minha vida. No retiro tive a cura da magoa que eu tinha do meu pai e hoje posso
dizer que tenho a irmã mais linda do mundo, que eu não trocaria minha vida e
minha família por nada.
Hoje tenho um namorado que é
um amigo para todas as horas, um companheiro pra toda a vida. Hoje também adoro
o meu trabalho e faço faculdade!!
O que tomo de lição de tudo
isso é que antes de ser eu mesma, sou filha, irmã, neta e namorada. Faço tudo o
que eu posso com amor e dedicação, e, antes de abrir a boca em casa procuro
ouvir o que meus pais tem a me dizer. Deus está no comando da minha vida... e
eu não troco isso por nada!
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