terça-feira, 23 de setembro de 2014

Testemunho: O resgate para a verdadeira felicidade!

Olá pessoal, a paz de Jesus! O post de hoje é super especial, pois trás um testemunho lindo de uma irmã do GOJ Emanuel.

“Me chamo Jéssica, tenho 23 anos e há quase dois anos Deus me resgatou e me trouxe para a verdadeira felicidade que é poder ter a graça de ama-lo mais que tudo.

Meu testemunho começa com a gravidez da minha mãe que sofreu inúmeras complicações, e por conta disso nasci de sete meses, logo quando meus pais completavam um mês de casados. A partir dai uma grande luta começou, pois nasci fraquinha e peguei uma infecção urinária que me deixou por mais um mês no hospital.

Venho de uma família humilde e por sete anos morei com meus avós paternos na área verde da Vila Gali, na verdade meu avô era como se fosse um pai, pois o meu tinha 19 anos e só pensava em jogar bola.

Mesmo com todas as dificuldades e os problemas de saúde, tive uma infância ótima. Sempre fui uma criança mimada, bagunceira e que aprontava muito. Cresci em berço católico e toda família participada da missa aos domingos.

Fui uma criança muito atormentada, que ouvia vozes e coisas que até hoje não sei definir. Em uma noite, minha tia que morava perto de casa, chegou com minha prima toda ensanguentada com a notícia de que tinham assassinado o tio que eu mais gostava, porém antes desse dia eu já sabia por meio dessas vozes o que iria acontecer, e algo que me marca até hoje é que iria voltar pra me buscar. Depois desse dia as vozes se foram e eu já não via nem ouvia mais nada.

Na pré-escola minha professora disse aos meus pais que a minha fala não era normal, e com isso me encaminhou a uma fonoaudióloga. Após muitos exames, descobriram que eu tinha fissura palatina, que é uma abertura direta entre o céu da boca e o nariz, isso resulta em dificuldades de se alimentar, de respirar e falar, além de problemas psicológicos.

Por conta disso, sempre fui uma pessoa tímida com medo das pessoas e dificilmente falava para não ser zoada, ou que ficassem pedindo para eu repetir algo que havia falado.

Aos nove anos de idade sofri abuso sexual, sem penetração, por um tio que me dizia que se eu abrisse a bora iria mandar matar meu pai, no qual odiava. Guardei isso comigo por um bom tempo.

No período entre infância e pré-adolescência passei por psicólogos e fiz várias amizades que me ajudaram a ser uma pessoa mais confiante. Com isso, fui coroinha e catequista na comunidade Nossa Senhora Rainha dos Anjos.

Já na adolescência, cursando o ensino médio, não gostava de estudar e só pensava em bagunçar, mas mesmo assim tinha o sonho de fazer faculdade apesar de a inteligência nunca ter sido meu ponto forte. Além disso, morria de curiosidade em saber como era ter uma relação sexual, mesmo sabendo que isso é errado antes do casamento.

Com essa grande curiosidade, decidi que queria de fato saber como era ter uma relação sexual. Certo dia,conheci um cara em uma viagem. Começamos a sair e até que um dia matei aula para me encontrar com ele e acabei entregando minha virgindade a um cara que eu mal conhecia. Meus pais descobriram a mentira e depois disso perdi a confiança deles.

Logo após esse acontecimento, comecei a namorar com um outro rapaz, mesmo meu pai não aprovando. Esse namorou durou por quatro anos e meio e nesse período vivi aquela fase de “tudo o que meu namorado fizer, vou fazer também”. Através dele, e de duas amizades, conheci o álcool e as drogas. Me lembro de muitas vezes chegar bem tarde em casa bêbada vomitando pela casa toda, e minha mãe sempre estava lá me esperando e me acolhendo com ternura e amor, além de rezar por mim em todos os momentos.

Aos 18 anos consegui meu primeiro emprego. Terminei com o meu namorado e logo comecei a namorar outro... mas, o ex havia pedido para voltar e eu comecei a namorar com os dois ao mesmo tempo... olha que ponto eu cheguei...

Em relação a minha família, tinha magoa do meu pai por ele ter um relacionamento de paternal de verdade com minha irmã. Na verdade, tinha vergonha e medo do meu pai, pois não tinha a liberdade de pedir nada, e por conta disso fiquei três anos sem falar com ele.

A relação com a minha irmã também era péssima. Minha mãe foi quem mais sofreu com tudo isso, mas nunca perdeu a fé de ver uma filha renovada, longe dessas porcarias que o mundo oferece e que destroem os lares.

Depois de um certo tempo arrumei um terceiro namorado, ficamos juntos por dois anos e acabamos noivando, mas acabamos terminando o noivado passado um tempo.

Passado um tempo, decidi fazer um curso na ETEC de Votorantim, lugar onde fiz novas amizades, amigos que me ensinaram a ser gente de verdade. Parei de beber, deixei um passado sombrio para trás. O que meu ajudou muito a superar todos os traumas e a me fortalecer espiritualmente foi ter participado das reuniões da EJNS, que é um movimento da igreja católica.

Posso dizer que me arrependo do que fiz, aprendi que nunca devemos iludir as pessoas, pois causa danos irreparáveis para a vida de todos os envolvidos.

“Filho de Davi”... essa música marca toda a minha vida, quando a ouvi pela primeira vez num Retiro de Carnaval, pedi com toda a fé que eu tinha que Jesus me transformasse, mudasse para sempre minha vida. No retiro tive a cura da magoa que eu tinha do meu pai e hoje posso dizer que tenho a irmã mais linda do mundo, que eu não trocaria minha vida e minha família por nada.

Hoje tenho um namorado que é um amigo para todas as horas, um companheiro pra toda a vida. Hoje também adoro o meu trabalho e faço faculdade!!

O que tomo de lição de tudo isso é que antes de ser eu mesma, sou filha, irmã, neta e namorada. Faço tudo o que eu posso com amor e dedicação, e, antes de abrir a boca em casa procuro ouvir o que meus pais tem a me dizer. Deus está no comando da minha vida... e eu não troco isso por nada! 


Nenhum comentário:

Postar um comentário