segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O que é intercessão profética?

Boa tarde povo de Deus, tudo bem?
Certamente, alguma vez você já deve ter ouvido falar sobre intercessão profética e, para te ajudar a entender sobre esse assunto, esse post traz a explicação do vice presidente da Comissão de Intercessão do Brasil (ICCRS), Cyril John.
Para contextualizar o que é a intercessão profética ele se baseia por essa história: há dois pedreiros trabalhando. Alguém se aproxima de um dos pedreiros e pergunta sobre o que ele está fazendo. O pedreiro responde: “Estou colocando um tijolo em cima do outro”. O visitante então repete a pergunta para o outro pedreiro e ele diz: “Eu estou construindo uma Catedral”. O primeiro pedreiro não pôde dizer que o que ele estava fazendo inteirava o projeto da construção de uma Catedral. Já o segundo pedreiro tinha uma visão clara, enxergando sua contribuição em relação ao projeto inteiro.
O mesmo pode acontecer em nossa intercessão. De acordo com Ciryl, podemos continuar fazendo orações que não vão além da nossa cabeça ou além do local onde estamos.
Os intercessores proféticos tem a missão de orar especificamente para receber respostas exatas, ou seja uma intercessão ligada ao plano total de Deus para o mundo, para a Igreja e para o povo.
Ciryl aconselha que podemos começar rezando de acordo com nosso próprio entendimento nos estágios iniciais da intercessão. Ao mesmo tempo, é necessário crescer no nível de profundidade da oração, pois o intercessor torna-se o assessor de confiança de Deus.
Contudo, a intercessão se identifica com as necessidades e os encargos do povo, enquanto a intercessão profética se molda através da direção do Senhor.
Os intercessores proféticos não vão ao Senhor com uma lista de oração, mas sim, recorrem a Deus para obter uma lista de oração.
Na intercessão profética nós nos tornamos como o cinzel. Por si mesmo o cinzel não pode fazer nada, mas quando o escultor o pega e o usa na esquerda e direita, dando a direção certa, o cinzel é capaz de trazer para fora a obra-prima.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Santo da semana: São Bento

Nascido no ano de 480 em Umbria, na Itália, Bento era de família nobre romana e desde criança manifestou um carinho especial pela oração.

Estudou na região de Nurcia, próximo à cidade de Spoleto e depois foi morar em Roma para estudar filosofia.

Certo dia, Romano, que era um eremita, encontrou Bento e lhe deu um hábito de monge. Ele ensinou ao jovem tudo sobre a vida de eremita e o levou para uma gruta escondida no monte de Subíaco.

Na gruta, Bento aprofundou-se na vida de eremita e Romano o ajudava regularmente com alimentos. Ele ficou no local por três anos só em orações e estudos, além disso, não recebia visitas.

Em uma noite, um sacerdote da região estava fazendo o seu jantar e ouviu uma voz que dizia: “Estás fazendo seu jantar enquanto meu servo Bento morre de fome no deserto”.
Logo em seguida, o sacerdote partiu para o deserto, encontrou Bento na gruta e após uma oração, disse que era o dia da Páscoa do Senhor e serviu-lhe a comida.

Tempos mais tarde, o jovem Bento foi descoberto por pastores e, com isso, passou a receber muitas visitas para conselhos e orações. Logo, sua fama começou a crescer e ele passou a ser visitado por mais pessoas em busca de aconselhamentos e orações.

Devido a sua fama de santidade, Bento foi chamado para ser o abade superior do convento de Vicovaro. Ele aceitou, desejando prestar um serviço, mas não se enquadrou com a vida que os monges viviam.

Com isso, foi se formando entre os religiosos uma antipatia contra São Bento chegando ao extremo de tentarem matá-lo com veneno.  Mas, abençoando a taça de vinho envenenada, como fazia com todos os alimentos que comia, ela se quebrou. Em seguida, ele pediu para que Deus perdoasse quem tinha feito aquilo. Depois do acontecido, abandonou o convento e voltou para Subíaco.

São Bento fundou doze mosteiros. Antes, os monges viviam como eremitas, isolados e sozinhos. Logo, ele organizou a vida monástica comunitária e os mosteiros começaram a florescer. Todos eles seguiam a “Regra de São Bento”. Santo Plácido e São Mauro estavam entre os educandos de São Bento.

A Regra de São Bento (Regula Monasteriorum) é um livro escrito pelo próprio santo, com as regras para a vida monástica comunitária. A regra prioriza o silêncio, a oração, o trabalho, o recolhimento, a caridade fraterna e a obediência. Assim nascia a famosa Ordem dos Beneditinos, ou Ordem de São Bento, que permanece atuante até hoje, seguindo a mesma regra escrita há mais de 1500 anos.

No Monte Cassino na Itália, São Bento começou a pregar o Evangelho para o povo. Com a pregação e os inúmeros milagres que fazia, inclusive vários exorcismos, o povo começou a se converter.

São Bento morreu no ano de 547, aos 67 anos. Ele predisse sua morte no mesmo ano da morte de Santa Escolástica, sua irmã, que foi fundadora da ordem feminina de São Bento.

Parte das relíquias de São Bento estão no Mosteiro de Monte Cassino e outras na abadia de Fleury, na França. O santo foi canonizado no ano de 1220 e sua festa é comemorada no dia 11 de julho.

Sua imagem é representada com o livro das regras, um sino que simboliza a voz de Deus, um copo quebrado e a serpente representando o veneno, um corvo com um pedaço de pão no bico que significa o tempo em que ele passou no deserto e uma vara representando a disciplina.

São Bento - Foto: Internet

Medalha de São Bento e sua mensagem
A medalha de São Bento foi esculpida nas colunas do mosteiro de Monte Cassino. Na frente da medalha há a frase: “Ejus in ibitu nostro praesentia muniamur” que significa “Sejamos protegidos pela sua presença na hora da nossa morte”.

No verso encontra-se as seguintes inscrições:

CSPB - Crux Sancti Patris Benedicti - (cruz do Santo Pai Bento)
CSSML - Crux Sacra Sit Mihi Lux - (a Cruz Sagrada Seja a minha Luz)
NDSMD - Non Draco Sit Mihi Dux - (não seja o Dragão o meu guia)
VRS - Vade Retro Satana - (para traz satanás)
NSMV - Nunquam Suade Mihi Vana - (Nunca Seduzas minha alma)
SMQL - Sunt Mola Quae Libas - (são coisas más que brindas)
IVB - Ipse Venana Bibas - (Bebas do mesmo veneno)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Misericórdia: um dom gratuito

A igreja nos indica itens importantes para se ter uma vida mais cristã. Segundo o Evangelho, um dos itens mais essenciais do cristão é a misericórdia. “Sede misericordioso como o vosso Pai é misericordioso”.

O Papa Francisco em uma de suas audiências gerais realizada nesse semestre, questionou se pode existir um cristão que não seja misericordioso e, ele mesmo respondeu que não, pois a misericórdia é fruto do Evangelho.

A Igreja nos ensina que não basta somente amar quem nos ama ou quem nos faz bem, mas é necessário amar quem tem fome e sede, os enfermos, os presos e os abandonados. Mas os ensinamentos da Igreja não são baseados em teorias, mas sim na prática tomando como exemplo os santos e as santas que serviram Jesus através do amor ao próximo.

Papa Francisco, baseado nesse tema, disse aos fiéis que não deve-se dar o que sobra, mas sim o que se tem.

Contudo, não basta fazer o bem para quem nos faz o bem, pois para mudar o mundo para melhor é necessário amar aquele que não é capaz de retribuir o amor. O Papa Francisco diz que a redenção é gratuita, pois assim como Jesus fez, devemos fazer o bem gratuitamente.


Conforme concluiu o Papa Francisco: “As obras de misericórdia são essenciais para a nossa vida cristã. Olhai ao vosso redor, há sempre alguém que precisa de uma mão estendida, de um sorriso, de um gesto de amor. Quando somos generosos, nunca nos faltam as bênçãos de Deus”.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Santo da Semana - São Domingos de Gusmão: o primeiro apóstolo do Rosário da Virgem Maria

Domingos nasceu no dia 24 de junho de 1170 na cidade de Caleruega, em Castela, Província de Burgos na Espanha. Era o filho caçula de Dom Félix de Gusmão e Dona Joana D’Aza. O nome Domingos foi escolhido em homenagem ao Santo Abade Domingos de Silos.

Dona Joana durante o período da gestação de Domingos, que era muito religiosa, teve um sonho com um cachorro que trazia na boca uma tocha acesa que irradiava uma grande luz sobre o mundo, pois assim como o cão é fiel ao seu dono, Domingos seria fiel a Deus e iria incendiar o amor divino ao mundo.

Grande Apóstolo do Rosário - Foto: Internet

Na infância, Domingos era cuidado por um tio Padre que lhe ensinou sobre as pastorais e funções litúrgicas.

Com 15 anos, foi morar em Valência e dedicou-se aos estudos. Estudou ciências liberais, música, geometria, astronomia, além de cursar filosofia e teologia.

Obedecendo às aspirações de seu coração e ao chamado de Deus, tornou-se Padre em sua juventude.

Após um tempo, Domingos ficou no sul da França e dedicou-se junto a outros sacerdotes a viver na simplicidade, na pobreza e seguindo os ensinamentos da Doutrina Cristã.

Domingos também era apaixonado por música. No entanto, a grande alegria do jovem Padre era caminhar por estradas e bosques cantando o Salve Rainha, meio pelo qual não cessava de louvar e enaltecer a Mãe do Filho de Deus.

Domingos de Gusmão, por meio de suas pregações, tentou durante anos trazer de volta à Igreja todos aqueles que tinham se desviado da verdade do Evangelho. Porém, os sermões dele não conseguiam entrar naqueles corações endurecidos e entregues a muitos vícios.

Com isso, Domingos intensificou as suas orações e aumentou suas penitências, e mesmo assim não adiantou. As conversões eram raras e de pouca duração.

Certo dia, São Domingos saiu de seu convento em Toulouse, no sul da França, decidido a obter de Deus respostas. Entrou na floresta e entregou-se em oração e penitência, disposto a não sair dali sem as devidas respostas.

Ele era muito devoto de Nossa Senhora e suas preces subiram até o trono do Altíssimo pelas mãos da Mãe de Deus. Após três dias e três noites de incessante oração, quando as forças físicas já estavam fracas, apareceu-lhe a Virgem Maria, manifestando seu afeto maternal e disse: “O instrumento mais importante foi a Ave Maria, e, portanto se queres ganhar para Deus esses corações, reza e propaga a minha coroa de rosas”.

Depois disso, São Domingos recebeu um novo ânimo e imediatamente se dirigiu a Catedral de Toulouse para fazer uma pregação. Assim que ele começou a falar, algumas nuvens negras cobriram o céu e uma terrível tempestade começou na cidade.

São Domingos implorou a misericórdia de Deus e a proteção de Maria Santíssima e, a tempestade acalmou-se permitindo que ele pudesse falar sobre as maravilhas do Rosário. Com isso, os habitantes de Toulouse arrependeram-se de seus pecados e começaram a rezar o Rosário.

Ele caminhou incansavelmente por toda a Europa pregando a Evangelho, anunciando o Reino de Deus e propagando o Rosário.

Domingos tornou-se o grande Apóstolo do Rosário, e foi ele que compôs o cordão com as continhas, nas quais se reza os Pais-Nossos e as Ave-Marias.


Em agosto de 1221, com 51 anos, Domigos faleceu. No ano de 1234, foi canonizado pelo Papa Gregório IX.

"São Domingos de Gusmão, rogai por nós!"

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Santo da Semana: São Francisco de Assis

Nascido em Assis na Itália no ano de 1182, Francisco era filho de Pedro Bernadone, um rico comerciante de sedas. Como era rico, ele esbanjava dinheiro com ostentação. Era um jovem orgulhoso, vaidoso e passou uma parte de sua juventude a procura dos prazeres carnais.

Por volta de seus 20 anos, foi chamado para participar da guerra entre as cidades de Perugia e Assis, mas não foi devido a uma enfermidade. Durante a doença, Francisco ouviu uma voz que lhe pedia para “servir ao Amor e ao Servo”, com isso se colocou em oração e sentiu a necessidade de vender seus bens e “comprar a pérola preciosa”, na qual havia lido no Evangelho.

Depois desse acontecimento, Francisco movido pelo Espírito Santo passou a fazer visitas aos doentes e presenteava os pobres com suas próprias roupas.

Certo dia, aos 25 anos, Francisco rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, e sentiu que o crucifixo falava com ele a seguinte frase: “Francisco repare minha casa, pois olhas que está em ruínas”. Com isso, vendeu todos os seus bens e levou o dinheiro que tinha ao padre da igreja e pediu permissão para viver com ele na igreja.

"O amor não é amado" - São Francisco de Assis - Foto: Internet

Pedro Bernadone, pai de Francisco, ao saber da decisão do filho mandou-lhe voltar para casa, caso contrário o deserdaria, Francisco, por sua vez, sem titubear abriu mão da herança.

Francisco recebeu de Deus o dom da profecia e dos milagres. Certo dia quando ele estava pedindo esmola para restaurar a igreja de São Damião ele dizia: “um dia haverá ali um convento de religiosas, que cujo nome se glorificará o Senhor e a Igreja”. Essa profecia se confirmou cinco anos depois com Santa Clara e suas religiosas. Já o milagre foi realizado após curar com um beijo um homem que tinha o rosto desfigurado em decorrência de um câncer.

São Francisco de Assis manifestava seu amor a Deus com grande alegria, que se expressava muitas vezes em cânticos. A quem lhe perguntava qual a razão de tal alegria, respondia que “ela deriva da pureza do coração e da constância na oração”.

Francisco de Assis, certo dia sentindo-se fortemente tentado pela impureza, deitou-se sem roupas sobre a neve. Outra vez, num momento de tentação rolou sobre espinhos para não pecar e vencer suas vontades carnais.

A humildade de São Francisco não consistia somente no desprezo sentimental de si mesmo, mas na convicção de que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais". Considerando-se indigno do sacerdócio apenas chegou a receber o diaconato.

Em 16 de abril de 1209 ele fundou a Ordem dos Franciscanos. Já em 1224 recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo. Além disso, São Francisco foi o fundador do costume de se fazer presépios nas igrejas no período de Natal.

A proximidade com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor abrangia toda a Criação.

São Francisco de Assis teve um grande impacto no catolicismo, pois a Ordem dos Franciscanos é uma das maiores e mais fortes da igreja junto com a dos jesuítas, dominicanos e beneditinos.

Sua vida foi caracterizada por uma adoração a Jesus de uma maneira alegre e jovial, reverenciada à natureza e a preocupação com os doentes e os pobres.

Em 1225, Francisco ficou doente e o cardeal Ugolino e o irmão Elias o levaram ao médico do Papa, em Rieti. São Francisco de Assis perguntou a verdade e lhe dissessem que lhe restava apenas umas semanas de vida. "Bem vinda, irmã Morte!", exclamou ele.

Em seguida pediu para ser levado à Porciúncula e morreu no dia 3 de outubro de 1226, com 44 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor.

Em 1228 foi canonizado pelo Papa Gregório IX e sua festa é celebrada em 04 de outubro.


"São Francisco de Assis, rogai por nós!"

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Papa Francisco escreve carta sobre como corrigir atitudes que não são cristãs

Olá irmãos e irmãs, a paz de Jesus!

Todos nós sabemos o quanto é difícil corrigir um irmão quando ele não fez algo bom, porém, é nosso dever como cristão ensiná-lo e guiá-lo a seguir no caminho de Deus e parar de pecar.

O Papa Francisco escreveu uma carta sobre esse assunto para nos ajudar a lidar com essas situações.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho extraído do capítulo 18 de Mateus, apresenta o tema da correção fraterna na comunidade dos fiéis, isto é, como eu tenho que corrigir outro cristão quando ele não faz uma coisa boa. Jesus nos ensina que, se o meu irmão cristão comete um pecado contra mim, me ofende, eu devo ter caridade para com ele e, em primeiro lugar, falar com ele pessoalmente, explicando-lhe que o que ele disse ou fez não é bom. E se o seu irmão não me ouvir? Jesus sugere uma intervenção progressiva: primeiro, voltar a falar-lhe com duas ou três outras pessoas, para ter mais consciência do erro que ele cometeu; se, apesar disso, não aceita a exortação, deve-se apresentar à comunidade; e se não ouvir sequer a comunidade, é preciso fazê-lo sentir a fratura e o distanciamento que ele mesmo provocou, destruindo a comunhão com os irmãos na fé.
As etapas deste percurso mostram o esforço que o Senhor pede à sua comunidade para acompanhar aqueles que erram, a fim de que não se perca. É necessário, antes de qualquer coisa, evitar o clamor da crônica e a murmuração da comunidade - essa é a primeira coisa, evite isso -. “Vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo!” (V.15). A atitude é de delicadeza, prudência,  humildade, atenção para com quem pecou, de maneira a evitar que as palavras possam ferir e matar seu irmão. Porque, vocês sabem, até mesmo as palavras matam! Quando falo mal, faço uma crítica injusta, quando eu "descarno" um irmão com a minha língua, isso é matar a reputação do outro! Mesmo as palavras matam. Prestemos atenção nisso. Ao mesmo tempo, esta discrição de falar com ele sozinho tem a finalidade de não mortificar inutilmente o pecador. Se há uma conversa entre os dois, ninguém percebe isso e está tudo acabado. É à luz desta necessidade, compreende-se a serie sucessiva de intervenções, que inclui a participação de algumas testemunhas e até mesmo da comunidade. O objetivo é ajudar a pessoa a perceber o que ela fez, e que com a sua culpa ofendeu não apenas um, mas todos. Mas também para nos ajudar a nos libertar da ira e do ressentimento que só fazem mal: a amargura do coração que traz ira e ressentimento, e que nos leva a insultar e agredir. É muito feio ver sair da boca de um cristão um insulto ou uma agressão. É feio. Sabe? Nada de insultos! Insultar não é cristão. Entenderam? Insultar não é cristão.
Na verdade, diante de Deus todos nós somos pecadores e necessitados de perdão. Todos. Jesus, de fato, nos disse para não julgar. A correção fraterna é um aspecto do amor e da comunhão que deve reinar na comunidade cristã, é um serviço recíproco que podemos e devemos fazer uns aos outros. Corrigir o irmão é um serviço, e é possível e eficaz se cada um se reconhece pecador e necessitado do perdão do Senhor. A mesma consciência que me faz reconhecer o erro do outro, antes, me lembra que eu mesmo errei tantas vezes.
Por esta razão, no início da Missa, sempre somos convidados a reconhecer diante do Senhor que somos pecadores, expressando com palavras e gestos o arrependimento sincero do coração. E dizemos: “Senhor, tende piedade de mim, Senhor. Eu sou um pecador! Confesso, Deus Onipotente, meus pecados”. E nós não dizemos: “Senhor, tende piedade dessa pessoa que está ao meu lado, ou daqueles, que são pecadores”. Não! Tende misericórdia de mim. Todos somos pecadores e necessitados do perdão do Senhor. É o Espírito Santo que fala ao nosso espírito e nos faz reconhecer nossas culpas à luz da Palavra de Jesus. E é o mesmo Jesus que convida a todos, santos e pecadores, à sua mesa, nos tirando das encruzilhadas das estradas, das diversas situações vida (cf. Mt 22,9-10). E entre as condições que são comuns dos que participam da celebração eucarística, duas são fundamentais: todos somos pecadores e a todos Deus doa a sua misericórdia. São duas condições que abrem as portas para ir bem à Missa. Devemos nos lembrar sempre disso antes de corrigirmos fraternalmente o nosso irmão.
Peçamos por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, que amanhã celebraremos a festa litúrgica da sua Natividade.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Santo da semana: Santa Catarina de Siena

Santa Catarina de Siena, reconhecida como doutora da igreja, é uma das mulheres que marcaram a história no catolicismo, e foi uma das únicas do seu tempo que teve uma das mentes teológicas mais brilhantes, sem ter qualquer educação escolar.
Santa Catarina de Siena - Foto: Internet
Nascida em Siena, em uma família humilde, no ano de 1347, Santa Catarina começou a ter experiências místicas aos seis anos de idade vendo anjos da guarda que a protegiam. Com 16 anos, tornou-se dominicana e continuou tendo visões de Cristo, de Maria e dos santos.
Santa Catarina era voltada à oração, ao silêncio e à penitência, e não se consagrou em alguma congregação, mas sim, continuou em seu cotidiano dos serviços domésticos, a servir a Cristo e a Igreja, já que tudo o que fazia oferecia pela salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta, conseguia mover homens para a reconciliação e a paz.
Um dos grandes acontecimentos na vida de Santa Catarina se deu quando foi ao Convento onde estava a sua sobrinha Eugenia, e foi visitar o corpo incorrupto de Santa Agnes de Montepulciano, para venera-la. Quando ela se inclinou para beijar o pés de Santa Agnes, todos ficaram maravilhados ao verem que Agnes levantava o seu pé, suavemente, ao encontro dos lábios de Catarina.
Ao longo de sua vida, Santa Catarina teve visões de Jesus, Maria, São João, São Paulo e São Domingos, o fundador da Ordem dos Dominicanos. Durante uma dessas visões a Virgem Maria a apresentou a Jesus que a desposou, colocando um anel de ouro com quatro pérolas em um círculo e um grande diamante no centro, dizendo: "Receba isto como um penhor e testemunho que você é minha e será minha para sempre".
Com 26 anos, ela começou a sentir as dores de Cristo, em seu corpo. Dois anos mais tarde, em 1375, durante uma visita a Pisa, Santa Catarina recebeu a Comunhão na pequena igreja de Santa Christina. Quando ela meditava e agradecia orando ao crucifixo, raios de luz furaram suas mãos e pés e, todos puderam ver os estigmas de Cristo nela. Por causa de tanta dor ela não falava nem comia, e por esse motivo, ficou oito anos sem comer qualquer outra coisa que não fosse a Sagrada Comunhão.
Santa Catarina orava para que as marcas não fossem muito visíveis. Mas após sua morte os estigmas ficaram bem visíveis em seu corpo incorrupto, como uma transparência na pele, no local das chagas de Cristo.
Outra característica marcante de Santa Catarina era que quando entrava em profundo momento de oração chegava a levitar. Certa vez quando recebia a Sagrada Comunhão, o padre sentiu a hóstia tornar-se viva, movendo-se agitada e voando de seus dedos para a boca de Catarina.
Na "Vida de Santa Catarina" a Madre Francisca Raphaela relata que a santa era imune ao fogo. Ela conta que certa vez Catarina caiu em um fogo na cozinha e apesar do fogo ser grande quando foi retirada nem ela, nem suas roupas estavam sequer chamuscadas.
Das cartas de Santa Catarina de Siena há uma trilogia chamada "O Diálogo" que é considerado o mais brilhante escrito da história da Igreja Católica.
Santa Catarina de Siena morreu aos 33 anos de idade, em 29 de abril de 1380 dizendo: “Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja”. Seu corpo foi encontrado incorrupto e conservado em 1430.
Em 1461, foi canonizada, e em 1970 declarada Doutora da igreja. É também co-padroeira do Continente Europeu junto com Santa Edith Stein e Santa Brígida da Suécia, e padroeira da Itália junto com São Francisco de Assis. Sua festa é celebrada no dia 29 de abril.
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!