sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Santo da semana: Santa Catarina de Siena

Santa Catarina de Siena, reconhecida como doutora da igreja, é uma das mulheres que marcaram a história no catolicismo, e foi uma das únicas do seu tempo que teve uma das mentes teológicas mais brilhantes, sem ter qualquer educação escolar.
Santa Catarina de Siena - Foto: Internet
Nascida em Siena, em uma família humilde, no ano de 1347, Santa Catarina começou a ter experiências místicas aos seis anos de idade vendo anjos da guarda que a protegiam. Com 16 anos, tornou-se dominicana e continuou tendo visões de Cristo, de Maria e dos santos.
Santa Catarina era voltada à oração, ao silêncio e à penitência, e não se consagrou em alguma congregação, mas sim, continuou em seu cotidiano dos serviços domésticos, a servir a Cristo e a Igreja, já que tudo o que fazia oferecia pela salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta, conseguia mover homens para a reconciliação e a paz.
Um dos grandes acontecimentos na vida de Santa Catarina se deu quando foi ao Convento onde estava a sua sobrinha Eugenia, e foi visitar o corpo incorrupto de Santa Agnes de Montepulciano, para venera-la. Quando ela se inclinou para beijar o pés de Santa Agnes, todos ficaram maravilhados ao verem que Agnes levantava o seu pé, suavemente, ao encontro dos lábios de Catarina.
Ao longo de sua vida, Santa Catarina teve visões de Jesus, Maria, São João, São Paulo e São Domingos, o fundador da Ordem dos Dominicanos. Durante uma dessas visões a Virgem Maria a apresentou a Jesus que a desposou, colocando um anel de ouro com quatro pérolas em um círculo e um grande diamante no centro, dizendo: "Receba isto como um penhor e testemunho que você é minha e será minha para sempre".
Com 26 anos, ela começou a sentir as dores de Cristo, em seu corpo. Dois anos mais tarde, em 1375, durante uma visita a Pisa, Santa Catarina recebeu a Comunhão na pequena igreja de Santa Christina. Quando ela meditava e agradecia orando ao crucifixo, raios de luz furaram suas mãos e pés e, todos puderam ver os estigmas de Cristo nela. Por causa de tanta dor ela não falava nem comia, e por esse motivo, ficou oito anos sem comer qualquer outra coisa que não fosse a Sagrada Comunhão.
Santa Catarina orava para que as marcas não fossem muito visíveis. Mas após sua morte os estigmas ficaram bem visíveis em seu corpo incorrupto, como uma transparência na pele, no local das chagas de Cristo.
Outra característica marcante de Santa Catarina era que quando entrava em profundo momento de oração chegava a levitar. Certa vez quando recebia a Sagrada Comunhão, o padre sentiu a hóstia tornar-se viva, movendo-se agitada e voando de seus dedos para a boca de Catarina.
Na "Vida de Santa Catarina" a Madre Francisca Raphaela relata que a santa era imune ao fogo. Ela conta que certa vez Catarina caiu em um fogo na cozinha e apesar do fogo ser grande quando foi retirada nem ela, nem suas roupas estavam sequer chamuscadas.
Das cartas de Santa Catarina de Siena há uma trilogia chamada "O Diálogo" que é considerado o mais brilhante escrito da história da Igreja Católica.
Santa Catarina de Siena morreu aos 33 anos de idade, em 29 de abril de 1380 dizendo: “Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja”. Seu corpo foi encontrado incorrupto e conservado em 1430.
Em 1461, foi canonizada, e em 1970 declarada Doutora da igreja. É também co-padroeira do Continente Europeu junto com Santa Edith Stein e Santa Brígida da Suécia, e padroeira da Itália junto com São Francisco de Assis. Sua festa é celebrada no dia 29 de abril.
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!

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